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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Destino de 42,4% dos resíduos solidos é inadequado.

Brasil: destino de 42,4% dos resíduos é inadequado


Produção de lixo no país cresceu, mas o avanço não foi acompanhado pelos programas de coleta seletiva
Foto: Condef
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No ano passado, o Brasil produziu 60,8 milhões de toneladas de lixo

27/04/2011
- A produção de lixo está em crescimento no Brasil, mas tanto a correta destinação desses resíduos quanto os programas de coleta seletiva não avançam na mesma proporção. Em 2010, o país produziu 195 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, um aumento de 6,8% em relação a 2009, quando foram geradas 182.728 toneladas.
Ao longo de 2010, o montante chegou a 60,8 milhões de toneladas de lixo. Dessas, 6,5 milhões de toneladas não foram coletadas e acabaram em rios, córregos e terrenos baldios. Do total de resíduos produzidos, 42,4%, ou 22,9 milhões de toneladas/ano, não receberam destinação adequada: foram para lixões ou aterros controlados (que não têm tratamento de gases e chorume).
Os programas de coleta seletiva também não avançaram na mesma medida: dos 5.565 municípios brasileiros, 3.205 possuem alguma iniciativa de coleta seletiva. Em 2009, eram 3.152 - uma alta de apenas 1,6%, aquém do crescimento da produção de resíduos.
Os dados fazem parte do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2010, levantamento anual realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), entidade que reúne as empresas de coleta e destinação de resíduos. O estudo foi divulgado ontem, em São Paulo, e tem como base informações prestadas por prefeituras de 350 municípios.
Lixões
Embora 61% dos municípios brasileiros ainda destinem os resíduos de forma inadequada, os lixões têm data marcada para serem eliminados. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada em dezembro de 2010, prevê a extinção dos lixões até 2014. Para Silvano Silvério Costa, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, o prazo para adequação dos municípios é factível. "O Brasil precisa trabalhar para cumprir a lei. Se depender do governo federal, a PNRS será feita no prazo estipulado", diz.

Fonte: Agência Estado (Publicado em 26/04/2011)

Produtos comunitários ganham bolsa de negócios


Plataforma virtual criada pela USP é destinada à compra e venda de produtos florestais
Foto: Globo Rural
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Projeto quer proporcionar alternativas de mercado para facilitar o acesso aos produtos da floresta

27/04/2011
- Uma parceria entre o departamento de Engenharia da Computação e das Ciências Florestais da Universidade de São Paulo (USP) resultou no desenvolvimento de uma plataforma virtual para a compra e venda de produtos florestais comunitários.
De acordo com o texto, distribuído no último encontro sobre manejo florestal, que foi realizado em Parintins, a ideia do projeto é proporcionar alternativas de mercado para facilitar o acesso de empresas, instituições e consumidores aos produtos florestais comunitários.
O “Grande Encontro de Parintins”, realizado em abril deste ano, destacou a produção e manejo de florestas de gestão comunitário família. Na ocasião, lançou um questionário para os participantes que investiga as condições da produção comunitária, se há certificação dos produtos e posse legal da terra, como, por exemplo, informações sobre volume e valor de comercialização do que é produzido.
A bolsa de negócios (que é uma importante ferramenta para promover o encontro entre compradores e vendedores no meio on-line) poderá colocar em contato fornecedores e compradores de itens da economia florestal, desde madeira até o óleo de copaíba. Também vale ressaltar que a bolsa de negócios não cobrará pela intermediação, permitindo que os pagamentos sejam feitos diretamente aos fornecedores. O modelo que deve ser implantado no Brasil já funciona na Índia e em países da África, com o apoio das Nações Unidas.
Segundo levantamento feito pela professora da USP Carla Morsello, a comercialização de produtos florestais não madeireiros mostra que a maior parte das vendas é feita após algum tipo de processamento, por famílias e indivíduos, de forma independente. O comércio por meio de cooperativas e associações representa pouco mais de 40% dos negócios. O piloto do projeto entrará em fase de testes a partir de maio, em dois municípios da Amazônia.

Fonte: CicloVivo, com informações das agências Estadão e Folha (Publicado em 25/04/2011)