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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Como ser ecologicamente correto


Como ser ecologicamente correto
Ser ecologicamente correto é agir da forma menos agressora possível, é fabricar produtos com baixo custo de energia, com maior probabilidade de reciclagem e recuperação, é agir com a intenção de não causar danos ecológicos é pensar em tudo a nossa volta, hoje em dia fala-se muito em sustentabilidade e sobre as pessoas físicas e jurídicas que agem e são ecologicamente corretas, é um dos assuntos mais debatidos e comentados dos últimos anos, serem ecologicamente correto é muito mais que mostrar para as pessoas que pequenas atitudes podem fazer diferença, mas é passar a diante a conscientização.
Para mudar seus hábitos e ter atitudes mais conscientizadas veja as dicas para ser ecologicamente correto:
• Separe seu lixo, plástico, vidro, orgânicos, metal, lixo eletrônico entre outros, quando você joga fora tudo isso junto, eles vão para o mesmo lugar e não terão a chance de serem reciclados demorando centenas de anos a se decompor, se você os separá-los, eles terão destinos diferentes e tudo que der para ser recuperado será reaproveitado, porque quem faz a coleta já os direciona ao local certo;
• Ao invés de desperdiçar papel imprimindo cartas, escrevendo, enfim o papel tem uma origem, a árvore para tê-lo é preciso derrubá-la, então pense nisto;
• Reutilize, imagine quando não houver mais espaço para jogar o lixo, utilize o refil de produtos, diminua os gastos e o consumo;
• Economize energia, além de favorecer a sua economia, você estará fazendo uma boa ação, assim da mesma maneira você pode optar pela vassoura ou invés da mangueira, você também pode instalar um coletor de água e energia solar, é um investimento um pouco caro, mas que vale a pena e os gastos são recompensados em pouco tempo;
• Utilize sacolas de pano ao invés de plásticas para fazer compras de supermercado;
• Use o carro apenas se necessário, se for à padaria, mercado, farmácia vá caminhando e aproveite para apreciar a vizinhança;
• Não jogue lixo no chão, muito menos entulhos em terrenos abandonados;
• Não faça queimadas;
• Plantem, flores, árvores, cultive;
• Evite produtos descartáveis;
• Consuma com consciência e responsabilidade.
São coisas que parecem ser tão pequenas perto dos problemas que o mundo tem passado, porém são elas que farão a diferença no futuro, não adianta você esperar alguém tomar uma atitude, isso depende de todos, quando cada um toma suainiciativa, adquire bons hábitos para passar adiante é como se fosse uma solução resolvida, um problema a menos, cada um deve fazer sua parte para poder dizer que fez a diferença, de alguma maneira, seja algo grandioso ou um simples gesto de respeito. A natureza nos fornece a vida e o nosso dever é retribuir as fontes para que elas sejam inesgotáveis e continuem nos dando o que temos hoje, mas para isto é preciso atitude e mudança, não espere por campanhas publicitárias, garanta o futuro dos que virão.

domingo, 16 de janeiro de 2011

PONTO DE CULTURA??

Mais vida para o Cultura Viva

Leonardo Brant | sexta-feira, 14 janeiro 20117 Comentários
Um Ponto de Cultura caracteriza-se por ser uma atividade cultural continuada, que age local e pensa global. Faz-se presente nas questões que envolvem a comunidade onde está inserido, articula-se em rede com outros pontos ao redor do país. Mas, no paradigma atual, é, acima de qualquer outra coisa, uma organização conveniada ao Estado. O que deveria ser a resolução de muitos dos seus problemas, acaba se transformando num pesadelo.
Se um Ponto de Cultura é uma atitude, uma modo de ser, pensar e agir a ação cultural local, porque não considerar todos os que fazem a mesma coisa, com a mesma garra e compromisso, Brasil afora. Cultura Viva é um projeto-piloto que deu certo. Seus inúmeros problemas de gestão e falta de institucionalidade são menores diante da sua grandeza de propósitos, mas que ainda fragilizam o programa a ponto de colocá-lo em risco permanente.
O receio de ver o Cultura Viva descontinuado foi tanto que surgiram movimentos e apelos por todo o Brasil. Ana de Hollanda foi taxativa ao dizer que vai continuá-lo, mas não foi condescendente com os erros que o colocaram na delicada condição em que se encontra. Continuar não é repetir, é melhorar!
Por isso, venho propor, no melhor espírito provocador desta coluna, a criação de uma Rede Nacional de Pontos de Cultura (que já existe mas precisa ser reinventada). Para se cadastrar, basta estar organizado como um empreendimento cultural local sintonizado com a comunidade e com o mundo. Precisa ter atividades organizadas e concordar com o manifesto de criação do Cultura Viva. Quem acessa são as pessoas físicas, organizados em grupos, ou  Pontos de Cultura.
Imagino que existam cerca de 20 mil Pontos de Cultura pelo Brasil (este número pode ser muito maior). Em cada município há de haver pelo menos um. O Cadastro não é para enquadrar, é para conhecer, dar vazão às necessidades e questões de interesse dos Pontos. Sai o Estado que pune e dificulta e entra o que quer dialogar, colaborar e buscar soluções coletivas para questões que afligem os cidadãos e os movimentos organizados de cultura, sem uma relação clientelista, de balcão e por demanda. E passa a olhar o programa de forma mais ampla, com escala e abrangência nacional.
Há os que precisam de capacitação, outros de biblioteca, infraestrutura, acesso à rede. Os que tem vocação para a prestação de serviços, outros para a memória, ou mesmo para a criação artística. As necessidades são infinitas, mas as prioridades só serão conhecidas a partir de uma ampla investigação junto aos próprios Pontos. Isso ajudaria a moldar ações programáticas para atender as prioridades.
O ambiente de rede já não é mais o que era há 6 anos, quando o Cultura Viva foi lançado. O Twitter, o NING, o Facebook e tantas outras ferramentas existentes e à nossa disposição estão aí para demonstrar a grande potencialidade da atuação em rede. A experiência do Cultura Digital já é suficiente para compreendermos esse pontecial.
O setor cultural, que inclui os agentes organizados por Pontos de Cultura, mas também os artistas e agentes culturais presentes em outras plataformas e nós de criação, precisa ampliar o seu potencial criador a partir das redes, além de fazer política, negócios, diálogos e pensamentos compartilhados. Para isso, é preciso participar intensamente do plano de Banda Larga, oferecendo conteúdo, articulação e soluções além das planejadas e construídas pela mídia tradicional e pelas organizações que distribuem sinal e conteúdos culturais formatados e estabelecidos (e terrivelmente concentrados).
Assim, o Estado retira os Pontos da lógica da competição (editais) e da representação (fóruns e aparelhamentos de partidos e grupos de interesse), promovendo atendimento universalizado, com ações continuadas e estruturantes, sobretudo de capacitação, que permitiria um salto qualitativa na própria relação com o Estado, e também com um novo mercado quer precisa ser moldado pelas novas práticas culturais das classes sociais emergentes.
Os Pontos de Cultura podem se transformar em grandes catalisadores da função econômica da cultura, mas não necessariamente por uma economia tradicional, concentradora e baseada no consumismo e no mercado de bens industrializados.
É claro que isso não exclui a sua função educativa e cidadã, pois um Ponto de Cultura é, antes de qualquer coisa,  baseado no empoderamento dos agentes culturais e suas comunidades.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Arte, mãe de todas as culturas

Se por um lado o modelo ofereceu um olhar mais abrangente para o desafio da gestão pública de cultura, por outro confinou as artes (menos o Audiovisual, que além de secretaria específica tem a Ancine) a departamentos da Funarte, já sucateada, sem orçamento e capacidade operacional.
A sensação por parte dos artistas é de abandono. Àqueles inseridos no mercado, ampliou-se a insegurança dos novos tempos, novas mídias, pirataria, cultura livre, com uma campanha (aqui veementemente combatida) de esvaziamento do sistema de financiamento, cheio de problemas e defeitos, mas existente e efetivo para um número significativo de produtores e artistas.
Não escondo de ninguém minha (quase eufórica) satisfação com a postura republicana e o discurso da Ministra Ana de Hollanda que, diferente do Ministro anterior (que tem seus méritos, mas já vai tarde), compreende as dificuldades de quem vive da própria arte. E celebra a arte como item de primeira necessidade, indispensável à nossa formação individual e coletiva. Como projeto de desenvolvimento.
Uma arte livre, autônoma, incentivada mas não controlada pelo Estado, indispensável ao projeto de ascenção social (cultural?) dos novos consumidores que surgem quase que em projeção geométrica no Brasil.
Continuar não é repetir, diz Ana de Hollanda evocando Dilma Rouseff. Há uma tentativa inócua de instalar um clima de insegurança em relação ao discurso da nova ministra. O sudeste voltará a reinar? O mercado ganhará força em detrimento das culturas populares? A cultura digital será esquecida?
As conversas de bastidores que tive com Vitor Ortiz, Antonio Grassi, Mamberti, Henilton e tantos outros que celebravam a posse na noite de ontem, reforçam um compromiso que deve ir muito além do discurso, com ações efetivas para uma alteração real do eixo de desenvolvimento, voltado para as classes emergentes, mas sem  inoportuno embate geográfico alimentado por Juca Ferreira.
Além de ser a maior vitrine e a alavanca para carreiras internacionais de artistas e criadores de todos os lugares do Brasil (e um dos maiores mercados do mundo, haja visto a enxurrada de espetáculos realizados em 2010 e programados para 2011), SP e RJ tem muito a oferecer para todas as regiões do país, em termos de produção e experiências de mercado.
As culturas populares precisam de mercado, sustentabilidade. É claro que precisam do Estado para reconhecer, valorizar, impulsionar, em alguns casos até para tutelar, de verdade, não com prêmios de R$ 10 mil e abandono permanente. Para isso é preciso um grande plano, que tire a cultura tradicional do lugar eproblema e a valorize de fato, como solução para um país em pleno processo de crescimento econômico.
Economia da cultura, cultura digital, convergência, são palavras-chave no novo ministério. Acredito que as ações serão ampliadas e transformadas em plataforma política de Estado.
Ainda é cedo para dizer qual será a real capacidade de atuação do novo ministério. Sabemos que a estrutura é sucateada, há um sem-número de editais lançados (dentro da campanha #ficajuca) mas sem qualquer estrutura e orçamento; pontos de cultura por todo o Brasil sem receber há mais de um ano…
São milhares de problemas administrativos. O choque de gestão é prioridade. A nova ministra aposta na criatividade de sua equipe para resolver esses problemas: sem reclamar, culpar o outro. A ordem é tocar o  barco pra frente.
A nós do Cultura e Mercado foi prometido o diálogo, que já foi respeitoso e aberto na época de Weffort (apesar de muito crítico), franco e colaborativo na época de Gilberto Gil, mas tornou-se truculento e ameaçador na era Juca Ferreira.